segunda-feira, 27 de julho de 2009

Rubrica MAS: Prioridade à prevenção

O terceiro sector actua tradicionalmente sobre situações de emergência social, seja sobre casos de catástrofe ambiental, situações de pobreza extrema, focos de exclusão social, acompanhamento de doentes crónicos, correcção de assimetrias no acesso ao poder, à justiça e à educação, etc. Todavia um dos maiores desejos de quem actua nestas frentes é constatar um dia que a sua acção deixou de ser necessária. Esta é a utopia dos actores sociais.

A história demonstra, contudo, que essas situações persistem e exigem um grande esforço de combate. Vivemos portanto dentro deste paradoxo. Porém, se as situações de emergência social podem ser endémicas, a sua intensidade é variável. De facto, não existe nenhuma lei de conservação dos factores sociais tal como existe para a matéria e energia. Possivelmente será a desorganização, falta de políticas consistentes e resignação que mantêm esse status quo.

Podemos e devemos melhorar o combate no terreno, mas é determinante encontrar formas de actuação complementares e conceber formas de reduzir as probabilidades ou antecipar o surgimento de situações socialmente degradadas. Para o efeito é fundamental contar com que está no terreno, são quem o melhor conhece e está capaz de definir tipologias e avaliar situações de risco.

Se não é possível acabar com as situações de emergência social podemos trabalhar em conjunto para reduzir os casos que alimentam e engrossam as estatísticas relativas ao terceiro sector.

Partilhe a sua experiência do terreno. Como faz? Deve ser uma prioridade a prevenção e avaliação do risco social?

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