terça-feira, 19 de maio de 2009

Imigrantes valem mais do que Emigantes na economia nacional (fonte: Sol, Confidencial - 16.Maio.2009)



Peso das remessas de trabalhadores portugueses no estrangeiro diminui 50% na última década e recessão nos principais países de destino pode agravar a tendência. Os imigrantes que trabalham em Portugal também mandam cada vez mais verbas para fora. Os 436 mil estrangeiros em Portugal já representam 5% da população. Em momentos de dificuldades económicas, a ameaça do naionaismo aumenta para quem está forado país de origem.

Imigrantes - 7%
Emigrantes - 1,5 %

Contributo de 436 mil imigrantes pesa 7% do PIB.

Concorda com a redução da quota, de 8.500 para 3.800 pessoas (2009) imigrantes, em Portugal?

2 comentários:

Sara M. Pinto disse...

Mesmo com poucos votantes, o resultado é surpreendente. Será que a pergunta está bem formulada? QUem responde a favor da redução da quota da entrada de imigrantes, talvez desconheça alguns dados. No ano passado não foram atingidos os limites das quotas pré-estabelecidas, isto é, mantiveram-se pessoas em situação irregular, vivendo nas condições mais precárias que possamos imaginar. Os imigrantes e a sua mão-de-obra representam mão de obra especializada, com altos niveis de motivação para o trabalho, já que vêm à procura de melhores condições de vida. economia portuguesa viveria momentos ainda mais desastrosos se não fosse a influencia dos 436 mil imigrantes a influenciar o PIB em 7%. Digam da vossa justiça?
Sara M. Pinto

Ricardo Castro disse...

Tenho algo a dizer sobre isso. Creio que o discurso sobre essa matéria deve ser invertido. Não me parece que sejam os imigrantes que devem estar no banco dos réus.

Praticamente todas as sociedades que souberam acolher e tirar proveito dos "estrangeiros" foram as sociedades que mais se desenvolveram. Vemos isso no caso dos EUA, quando no princípio do século XX retiraram gradualmente a supremacia da Europa. O mesmo se pode dizer sobre o Portugal dos descobrimentos, que contou com inúmeros estrangeiros na ciência, economia e na navegação. Estas duas sociedades são o exemplo paradigmático do efeito positivo da entrada de imigrantes.

Se Portugal se fechar perde uma oportunidade para aprender com as novidades que "carregam" quaisquer indivíduos de outras sociedades.

Se Portugal não for capaz de acolher um número muito maior de imigrantes significa que não é capaz de implementar políticas desenvolvementistas, cujos resultados, seja no âmbito da economia e da sociedade, necessitam e são favorecidas pela introdução do novo (o estrangeiro).