quarta-feira, 27 de maio de 2009

O MAS na MANIFesta 2009

O MAS esteve presente na MANIFesta 2009, em Peniche, no passado dia 23 de Maio, animando uma tertúlia sobre Participação Política e Acção Cívica Democrática, no Café Stella Maris.

Com uma audiência assinalável e, acima de tudo, participativa, a tertúlia alongou-se mesmo até às 21h, quando deveria terminar pelas 20h30.

Da plateia ouviram-se, em primeiro lugar, elogios à “disponibilidade e coragem” de fazer avançar um projecto como o MAS, quando se vive em tempos guiados pela “economia, não democracia”. A opinião geral da plateia foi de que o MAS é válido nos dias de hoje, principalmente por não seguir nenhuma ideologia política e não pretender tornar-se mais um partido.

Validada a existência e necessidade do MAS, discutiram-se então outros assuntos relevantes nos dias de hoje. Abordou-se a necessidade de envolvimento da sociedade civil em todo o processo político, assim como quais as formas desse envolvimento e intervenção.

Debateu-se a necessidade de reestruturação da sociedade, a necessidade de repensar a noção de sociedade total. O facto da situação económica não ser favorável deveria atrair mais cidadãos para o debate político, mas nota-se uma falta de manifestações da sociedade e um contínuo afastamento. Apesar dos vários dirigentes políticos contribuírem para o afastamento existente, é necessário haver um maior interesse da sociedade, para que possamos assim viver em plena democracia.

Discutiu-se também a noção do tempo e o efeito que a falta deste tem na sociedade, hoje em dia. Abordou-se o paradoxo que é o, numa altura em que há demasiados desempregados, os cidadãos continuarem a trabalhar em demasia. O tempo pode e deve ter uma utilidade social, sendo necessário explorar tal vertente.

Debateu-se, por fim, as ramificações que o MAS poderá/deverá ter, destacando-se a noção de desenvolvimento “glocal”, indo ao encontro do cidadão, mas não deixando de ter uma consciência global da sociedade. Sendo assim, o MAS poderá ter várias células espalhadas por todo o país que, apesar de independentes, têm todas o mesmo objectivo.

A satisfação era total, no final da tertúlia, pelas palavras simpáticas ouvidas e pela vontade de integração, por várias pessoas, num projecto que, apesar de ainda em construção, começa a definir-se cada vez mais.

O MAS pode contribuir para o aparecimento de uma cultura de exigência em Portugal, devendo para isso continuar a organização de fóruns e espaços para debate, contribuindo para a formação e envolvimento dos cidadãos nas questões cívicas.

Para isso, contamos com a sua colaboração. Envolva-se, faça parte deste Movimento.

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